Infelizmente, depois de tanto tempo, meu verdadeiro post do começo do semestre será de um teor sério. Algo na sociedade vem me incomodando muito, mas creio que chegou na hora de tratar desse pequeno ser que muita gente desconhece: o Respeito. E não estou falando de sair abraçando todo mundo e formar uma suruba colorida e alegre (se bem que, dependendo da ocasião, até que cairia bem), mas ter o mínimo de decência em não sair quebrando ou ofendendo todo mundo que possui um estilo de vida diferente do seu.
Começando por essa reportagem. Pra quem não conhece (ou está com preguiça de clicar no link e ler), resumir-lo-ei. Um garoto de 8 anos, que eu teria muito orgulho se fosse o meu filho, foi altamente criticado pela diretora da escola no seu primeiro dia de aula. Um fato normal e irrelevante, se o motivo da diretora tivesse algum sentido.
O caso é que ele começou a batucar na carteira da escola e foi para a diretoria. A filha de uma égua desdentada digníssima senhora Diretora, descobrindo o seu gosto musical (roqueiro, que desde antes de engatinhar tocava riffs e solos na guitarra como ninguém!), resolveu "reeducá-lo", como manda o seu antro de bestas cegas e prepotentes a sua igreja: mostrou imagens de sacrifícios e anticristianismo para a criança, disse coisas do mais baixo nível da mentira, e acusando os roqueiros de praticá-los. O garoto, coitado, sofreu com essa lavagem cerebral e resolveu parar de tocar e de ir pra escola. Belo trabalho, senhora Educadora!
O pior é que ainda teve gente (um pastor, é claro) que defendeu os "belos atos" dessa desgraça de mulher! Afinal, de acordo com ele, "o único problema foi ela não ter avisado os pais antes". Se eu fosse o pai dessa criança, iria destruir essa mulher, por praticar terrorismo psicológico com uma criança que não fez nada, absolutamente nada, além de ouvir um estilo de música (muito melhor do que outros, por sinal), criticado por fanáticos religiosos ignorantes.
Confesso que essa notícia é o que me deixou mais abalado para escrever esse post, mas não é o único caso de desrespeito na sociedade. O maluco que entrou em uma escola matando crianças no Rio de Janeiro é outro exemplo. Só que, nesse caso, eu nem estou falando que o problema é ele (que, afinal, nem preciso falar que ele é o total culpado de tudo isso, e se sobrevivesse, deveria ser amarrado pelado no topo de uma árvore com uma colméia cheia de abelhas, na floresta Amazônica, e num lugar lotado de onças), mas o que mais me intriga é algumas pessoas que deram a sua opinião por aí.
Já vi comentários falando que a culpa não é dele, que ele é somente "uma vítima da sociedade, que transforma pobres pessoas indefesas em seres vingativos, que acabam descontando na sociedade de uma forma errada, mas totalmente irracional". Totalmente irracional é o meu C*!!!! O cara foi muito bem armado, sabia atirar e recarregar, e mesmo se fosse irracional, isso não tira a culpa dele! Ele matou crianças, e a sangue-frio!!! Quem tem esse tipo de opinião besta, será que ainda teria se fosse o seu filho que "pagou pelos crimes da sociedade"? Nunca vou entender esse povo dos "pseudos-direitos humanos
Um dos maiores exemplos de desrespeito humano é com a "minoria". É um tabu estranho na sociedade, pensar que só porque o cara gosta de queimar a rosca (e a mulher gosta de briga de buraco) ou a pessoa tem uma cor de pele diferente da sua, ele é inferior a você. É claro que existe muitos gays que extrapolam e muitos negros que fazem por merecer alguns apelidos, mas isso não acontece porque eles são inferiores. Isso acontece porque eles são diferentes.
Toda a sociedade é composta por pessoas diferentes, e todas estão sujeitas a falhas. Com certeza existem pessoas superiores a outras, mas o que influencia isso não é o seu gosto, a sua pele, o seu estado social, a sua conta bancária, nem nada semelhante. A única coisa que importa para a superioridade humana é a atitude. Atitude que é movida por ações, amor, carinhos, risadas, solidariedade, amizade e, principalmente, pela palavra no título desse post. Palavra tão vaga, atualmente tão sem importância, mas que faz uma falta danada.
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