Olá mais uma vez, após um bom tempo!!! Já faz mais de 1 mês e meio que quero fazer esse post, e somente agora que tive vontade consegui um tempo! Dia 01 de Outubro tive uma das melhores experiências da minha vida: show do System of a Down em São Paulo!!! Não importa quanto tempo já passou esse show, parece que foi ontem. Contarei um pouco sobre esse dia insano.
Primeiramente, se você não conhece o SOAD, leia o post logo abaixo. Agora, tenha em mente que, quando conheci a banda, ela já estava no seu hiato e nunca poderia imaginar que haveria um show deles novamente. Somente após você conseguir entender esses dois tópicos anteriores é que poderá captar minha felicidade e empolgação com esse evento.
Tudo começou uma semana antes do show, quando inesperadamente comprei o ingresso em uma promoção relâmpago, juntamente com um grande amigo, Flávio Tavares. O show começava 9:30 da noite, mas no dia saímos de onde estávamos (Itaquera) antes do meio-dia. Como o show foi na Chácara do Jóquei, pegamos 3 metrôs e 1 ônibus, seguimos grupos com camisetas do SOAD e, depois de mais de 4 horas de viagem (e a ajuda do Deus Metal), chegamos no destino, onde uma fila enorme nos esperava. Creio que chegava perto de 1 km, não sei. Mas depois de algumas horas, 3 garrafas d'água e 1 bottom comprados, ultrapassamos a entrada da Chácara depois das 18 horas, pronto para o primeiro grande show que pude vivenciar.
Como estávamos em pista comum, fomos logo tentar arranjar um lugar o mais próximo possível da grade. Um erro, pelo meu ponto de vista. Não era nem 7 horas, e já estávamos muito apertados, quase impossível de ser mexer e de respirar algo "limpo", e éramos levados pela multidão. Antes das 8 já não via mais o Flávio, somente alguns skinheads no meu lado, empolgados com a roda punk que iria se formar. Havia pessoas que passavam mal e precisavam ser levadas para o fundo. Confesso, nesse momento fiquei um pouco arrependido de ter ido até lá, mas creio que foi somente a novidade do momento (o primeiro show sempre espanta). Como já estava perdido na multidão, tentei fazer amizade com um casal que estava um pouco mais atrás, logo na banda de abertura (que foi uma merda). Pena que não vi eles a partir do momento que começou o show.
A abertura foi às 9:30, como previsto. Um pano branco com o símbolo da banda é colocado na frente de todo o palco, e as primeiras batidas do Prison Song começam. Uma emoção incrível toma conta do local, e quando a música começa e o pano cai, dois pensamentos se formaram na minha mente: "meus Deus, eles existem!" e "puts, f*deu!". Isso porque, enquanto o pano caía, uma "onda humana" se formou, empurrando todo mundo para todos os lados num aperto insano. Tentei não cair diversas vezes, tamanha era a loucura do momento. Apesar disso, foi um dos momentos mais incríveis da minha vida. Acaba o Prison Song e começa a abertura do Soldier Side, acalmando o público super-exaltado. Foi aí que aconteceu algo que jamais imaginaria: encontrei, no meio daquele Pandemônio, um amigo meu que não via há tempos (e de outra cidade!!!): Jafeth. Uma incrível coincidência, mas nem consegui cumprimentar ele direito, pois logo começou um dos momentos mais tensos do show: BYOB.
Quando essa música começou, parecia que um buraco foi formado em todo o chão e o Inferno tinha tomado conta do lugar, pois a música é tão agitada que toda a confusão do Prison Song foi triplicada. Tentamos ir mais para o fundo da pista, em busca de um lugar um pouco mais humano, mas em toda parte havia rodas punk. Nunca fiquei tão empolgado assim antes, uma mistura de sensações incríveis (a emoção indescritível de estar no show e a tentativa de escapar de 50.000 rodas punk ao mesmo tempo). Encontramos um lugar habitável quando o BYOB acabou, onde era possível ver melhor a banda do que na frente.
O resto do show foi sensacional, com todas as músicas absurdamente fantásticas, como Lost in Hollywood (emocionante...), Question! (que começou em formato acústico), Chop Suey, Revenga, Needles, Aerials (um salve pra essa parte, com todos cantando junto com Serj), Toxicity (nessa música, estava tão empolgado que bati na cabeça de um anão sem querer), Tentative... Enfim, todas foram boas, muito empolgantes. Serj falava às vezes com o público, mas na maior parte foi uma música atrás da outra. Estávamos entre 2 rodas punk, mas minha alegria e empolgação estava tão grande que, creio eu, fiquei mais animado do que o povo das rodas. Não sei onde encontrei tanta energia naquela noite (é o Deus Metal, só pode...). Abaixo um vídeo gravado pelo Jafeth, antes e durante o show.
O show acabou com Sugar (excelente finalização!) às 23:20. Encontramos com o Flávio e conseguimos chegar no ponto de ônibus quase meia-noite, juntamente com mais de 30 mil pessoas que também foram ao show. Vocês lembram que a ida demorou umas 4 horas, né? Pois acrescentem a esse detalhe o fato de que o metrô fecha 1 hora da madruga. Estávamos um pouco desesperados para conseguir pegar algum ônibus para o metrô logo ou algum táxi vazio, mas só conseguimos subir num ônibus meia-noite e meia. E foi aí que, mais uma vez, a Deusa do Inesperado atacou novamente.
O ônibus estava super-lotado, quase não fechava mais a porta de entrada, e nem conseguimos passar pela catraca. Como o ônibus tinha morrido, o motorista tentou ligá-lo novamente, mas sem sucesso. E foi aí que ele teve uma idéia brilhante: tirou a chave do contato, abriu a janela a sua esquerda e pulou pra fora do ônibus. O MOTORISTA FUGIU!!!!! Sim, eu sei que é difícil de acreditar, mas é um fato. O ônibus inteiro ficou alarmado, e uma senhora de 1,50m queria arranjar briga com qualquer um. Por fim, com muito esforço e empurrões, conseguimos sair de lá, lembrando que o ônibus não tinha andado nem 1 metro desde que a gente subiu nele.
Andamos na chuva, sem rumo e sem saber pra onde ir. Por um curto tempo, ficamos perdidos em São Paulo, e já era 1 hora da madruga. Talvez eu ainda estivesse sobre o efeito fantástico do show, pois não ligava muito para o que estava acontecendo. Mas, novamente com a ajuda do Deus Metal, um táxi se materializou do nosso lado, e fomos pro apartamento do Jafeth. Lá, conseguimos outra carona, e chegamos ao nosso destino final depois das 4 da madruga, prontos pra acordar perto das 14 horas do dia seguinte.
Uma noite com inúmeros acontecimentos inesperados e, além de tudo isso, conseguir ver e ouvir o SOAD (que somente isso já é uma sensação indefinível).Foi, sem dúvida nenhuma, a noite mais insana da minha vida. System of a Down conseguiu provar, de uma vez por todas, que é a melhor banda que já passou pelo planeta. Se quiser saber mais, procure o show que eles fizeram no Rock in Rio. Foi 95% parecido, mas ainda acho que em sampa ficou melhor.
É isso aí metaleiros, em breve nos veremos novamente! E apreciem o SOAD, vocês não vão se arrepender!!!
Arthur com kra de kein usou dorgas RAIRIARAIRAI
ResponderExcluirshow foi massa agora espera swu ano que vem pra ir no show do black sabbath \m/